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Joias

Qual a diferença entre diamante, zircônia moissanita?

By 2 de março de 2017No Comments

Se você está em busca de um anel de noivado, deve ter notado que o diamante é a pedra preciosa mais apreciada para este tipo de peça. No entanto, esta não é, necessariamente, a única opção a ser considerada na hora de escolher uma joia tão especial. Além das pedras coloridas, como a safira e a esmeralda, existem alguns substitutos mais acessíveis, com brilho e cor similar aos diamantes.

Até o momento, a zircônia e a moissanita são as gemas sintéticas que mais se aproximam esteticamente e visualmente do diamante. No entanto, elas não conseguem simular perfeitamente as características dessa gema valiosa. Entenda abaixo a diferença entre essas três pedras.

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Diamante

Os diamantes são formados por um único elemento químico, o carbono. Devido a sua estrutura química e às condições em que são formados, sob enorme pressão e temperatura, esta gema é a substância natural mais dura conhecida na natureza. Ele possui a dureza de 10 mohs, a máxima nessa escala. Por causa dessa característica excepcional, diamantes são extremamente duráveis e perfeitos para uso diário. Isso contribui com sua popularidade como pedra central favorita para anéis de noivado.

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Anel de Noivado de diamante Solitaire I – Via: Poésie Joias

Esta gema possui propriedades óticas notáveis. O diamante possui um índice de dispersão elevado, com 0,044 e um índice de refração de 2,417-2,419, também alto. Essas duas características são responsáveis pelo brilho único, intenso e cativante do diamante.

Anel de diamante Uni Princess I – Via: Poésie Joias

Os diamantes são as gemas incolores mais desejadas e valiosas utilizadas na joalheria. Por serem naturais, as qualidades dessa pedra são variáveis. Diamantes de melhor qualidade têm menos impurezas, são incolores ou quase incolores e possuem uma lapidação que proporciona maior estouro de luz, ou seja, brilham mais. Portanto, quanto melhor a qualidade do diamante, mais elevado é o seu valor.

Moissanita

A moissanita é uma gema que veio das estrelas, mas que foi aperfeiçoada na Terra. Ela foi descoberta em 1893 pelo cientista francês Henri Moissan que, posteriormente, ganhou o Prêmio Nobel de Química. Ele descobriu partículas microscópicas da gema no Arizona, em uma cratera criada por um meteorito. Inicialmente, ele pensou que se tratava de diamantes. No entanto, mais tarde, ele verificou que eram, na verdade, cristais compostos de carboneto de silício.

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Cristais de Moissanita Natural de Monte Carmelo (Israel) – Foto: Aurélien Delaunay/GIA

Uma moissanita natural é extremamente rara na natureza. Portanto, boa parte das moissanitas disponíveis no mercado são criadas em laboratório. Após anos de tentativa e erro, as partículas descobertas por Moissan foram sintetizadas com sucesso, para produzir o que, hoje, é conhecida como uma das gemas mais cintilantes disponíveis no mercado de acessórios.

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Anel de Moissanita – Via: popRing/Etsy

A moissanita foi criada para ser uma alternativa mais acessível aos diamantes. Entretanto, é importante lembrar que sua composição e visual são diferentes das características um diamante verdadeiro.

Comparação moissanita (esquerda) versus diamante (direita)

A gema possui uma dureza elevada, com 9,25 mohs, enquanto o diamante ocupa o topo da escala de dureza das gemas, com 10 mohs. O brilho da moissanita também é distinto do seu amigo mais valioso. Ela possui um índice de dispersão muito elevado (0.104), o que produz o tão desejado “fogo”, o brilho colorido causado pela decomposição da luz branca nas cores espectrais. Este brilho pode ser amado por uns e odiados por outros, já que ele pode criar um efeito “bola de discoteca”, especialmente se exposto à luz solar. Portanto, esta característica pode ser considerada exagerada e artificial por pessoas acostumadas ao brilho do diamante.

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Comparação do fogo (dispersão) do diamante, moissanita e zircônia cúbica – Foto: Aurélien Delaunay/GIA

A lapidação ideal da moissanita também é distinta da lapidação comumente utilizada em diamantes. O corte da moissanita costuma ser mais raso que o corte brilhante utilizado para potencializar o brilho do diamante. Isso acontece porque cada gema possui ângulos de cortes ideais para produzir o balanço entre brilho e dispersão. Por exemplo, o ângulo de corte da face da coroa de um diamante é de 34,5°. Este ângulo é ideal para potencializar a dispersão do diamante, mas em uma moissanita este ângulo bloquearia a passagem de luz pela pedra.

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Zircônia

Assim como a moissanita, a zircônia natural incolor (óxido de zircônio), também chamada de Baddeleyita, é extremamente rara na natureza. Portanto, a zircônia comumente utilizada em acessórios é, na verdade, a zircônia cúbica (Dióxido de zircônio), uma gema produzida em laboratório. Ela é considerada a imitação mais popular do diamante devido seu baixíssimo custo. Ela foi introduzida no mercado gemológico em 1976.

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Anel de Zircônia Cúbica – Via: 6grape

A dureza da zircônia cúbica é de 8,5 mohs, portanto, menos resistente a riscos do que a moissanita e o diamante. A zircônia possui duas vantagens em relação ao diamante: ela é sempre incolor e livre de inclusões, características encontradas apenas em diamantes de excelente qualidade e altíssimo valor econômico.

O brilho produzido pela gema sintética é similar ao brilho do diamante. No entanto, assim como a moissanita, a zircônia pode apresentar um brilho mais colorido e artificial. Isso ocorre pois o índice de dispersão da zircônia é de 0.058–0.06, mais alto do que o índice do diamante (0.044). Entretanto, é importante lembrar que a gema possui um índice de refração menor do que o diamante. O índice de refração é responsável pela extensão do brilho da pedra. Portanto, um diamante de qualidade elevada pode produzir um brilho de qualidade superior ao de uma zircônia, embora a pedra sintética seja livre de inclusões.

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