A fabricação natural da pérola é considera um fenômeno raro, pois apenas uma em cada 10.000 ostras desenvolve essa gema. Devido a sua raridade, joias com pérolas tornaram-se joias de família, passando de geração para geração, o que a posicionou como um símbolo de tradição. Muito estimada em casamentos, a singularidade e delicadeza das pérolas valorizam o visual da noiva. Mas para muitos, o uso das pérolas durante o casamento causa dúvidas devido uma superstição que diz: cada pérola que a noiva usar corresponde a uma lágrima no matrimônio.
Você deve estar se perguntando o motivo da associação dessa gema valiosa com uma suposição tão negativa, não é mesmo? Acredita-se que a superstição está relacionada ao processo que leva uma ostra a desenvolver uma pérola. Quando um grão de areia invade o interior da concha a ostra busca meios de se proteger. Para isso, ela produz uma secreção conhecida como madrepérola, que envolve esse grão e o impede de machucá-la. Esse processo é citado no livro Ostra feliz não faz pérola de Rubem Alves, no trecho: “Ostra feliz não faz pérola. A ostra, para fazer uma pérola, precisa ter dentro de si um grão de areia que a faça sofrer. Sofrendo a ostra diz para si mesmo: “Preciso envolver essa areia pontuda que me machuca com uma esfera lisa que lhe tire as pontas”.
Para alguns, o processo natural de fabricação da pérola envolve um certo sofrimento, atraindo energias negativas para o casamento. Para outros, o processo é uma lição de vida, pois demonstra que assim como uma ostra, devemos nos proteger dos acontecimentos ruins e transformá-los em algo valioso.